Os dois últimos versos de João 6 são impressionantes:
“respondeu-lhe Jesus: não vos escolhi vós os doze? E um de vós é um diabo. E isto dizia ele de Judas Iscariotes, filho de Simão, porque este o havia de o entregar sendo um dos doze”. (Jo 6.70,71)
Jesus falou abertamente que um daqueles que Ele escolhera era um diabo, um causador de divisão e traidor.
A lição é estonteante e claramente objetiva: entre cristãos escolhidos alguns se transformam em diabos vestidos de discípulos de Jesus e são esses que servem de pedra de tropeço para muitas pessoas saiam da igreja ou não queiram entrar nela. E lamentamos que muitas pessoas que amam a Jesus e querem ser membros de uma igreja tropeçaram nas atitudes desses falsos cristãos.
O Judas não é apenas o falso irmão que quer nosso mal é também aquele que discordando de nós sai pela igreja, bairro, cidade ou internet a nos maldizer.
O Judas é aquele que é membro de uma igreja, mas não confia na liderança. O Judas é o líder que diz se importar com o outro, mas se interessa mesmo pelo dizimo ou oferta que o irmão devolve na casa de Deus. O Judas é aquele sacerdote que agrediu a menina, conforme ela mesma nos disse, com uma tapa quando ela quis saber por que ele usava uma taça de ouro ao comungar do Corpo de Cristo na Missa.
Todo cristão que quer fazer suas próprias regras e não aceita a Doutrina de Jesus pode tornar-se um Judas semelhante aquele que se decepciona quando o Cristo se parece duro (Jo 6. 62,63) ou quando Deus usa alguém para o instruir.
Vemos assim que o Judas não apenas trai o Mestre, mas trai o irmão que nele confia. Jesus sabia quem não cria nele e quem o havia de trair (v.64); se nós soubéssemos teríamos a paz de Cristo diante do traidor? Continuaríamos firme como Ele? Talvez não! É melhor que não saibamos desde o inicio, pois assim não vivemos irritados até que chegue à hora de nossa traição. Como somos impacientes talvez tiraríamos a oportunidade do Judas voltar atrás.
A coragem de Jesus em denunciar o Judas deve nos ensinar que não se pode querer ser membro do corpo de Cristo com a ilusão de nunca encontrar um traidor da mensagem. Se você entender isto será mais firme na fé e olhará para Cristo o nosso alvo e não para aqueles que passam de escolhidos a Judas.
Não deixe o mau exemplo dos Judas destruir sua fé. Se você se tornar uma pessoa “melindrosa” que se escandaliza com os Judas sua vida espiritual não irá progredir.
Mesmo que não seja “melindroso”, vale mesmo à pena ficar a tanto fora da igreja por causa do mau exemplo de um Judas? Seu parente é mau exemplo de evangélico? Jesus é bom exemplo. Seu pastor esta metido em jogatinas e apostas? Você conheceu um tesoureiro infiel? Conheceu uma irmã que se dizia santa, mas não prestava no bairro? Um que era obreiro, mas vivia em bares e brigas? Olhe para o Cristo senão você pode perder sua salvação. Assim você querendo fugir do Judas corre o rico de ir ter com ele no inferno. Siga a Cristo.
Lembremo-nos que as palavras de Cristo são “espírito e vida” e mesmo que Ele como bom Mestre que é nos informe com duro discurso que a cada doze discípulos um é um diabo devemos dizer como Pedro: “ Senhor, para quem iremos nós? Tu tens palavra de vida eterna; e nós temos conhecido que tu és o Santo de Deus” (VS. 66-68).
Assim não se engane: na conta de Cristo toda vez que Ele escolhe doze, Ele sabe e devemos saber, sem nos tornarmos pessimistas que na verdade são DOZE MENOS UM.
Texto: OSNIR GONÇALVES
www.musicaapologeticacomosnirgoncalves.blogspot.com